À Descoberta,Entre Fão e Apúlia

FÃO, APÚLIA, PRAIAS, MOINHOS DE VENTO E MASSEIRAS

 

 

Que manhã fantástica. Começar na ponte Luís Filipe (a precisar de nova intervenção de manutenção)

Ponte Luís Filipe
Ponte-Luis-Filipe
Ponte-Luis-Filipe ou Ponte de Fão

e seguir pela avenida do hotel pinhal (ex.BibOfir) até às 3 imponentes torres de Ofir e daí observar o mar… e o horizonte a perder-se no infinito…

Torres de Ofir

Daqui partir para sul (com o Axis Ofir ainda encerrado), pela ciclo e ecovia, de barro amarelo, compactado, na estrada das pedrinhas, em direcção à terra do sargaço e dos Sargaceiros de Apúlia… Olhando à hora, o percurso que fomos calcorreando foi exclusivamente nosso, por isso a cada passo ouvem-se os passarinhos e sente-se a leveza do pinhal, com a capela da Senhora da Bonança lá ao cimo, e um conjunto de bonitas casas ao longo desta avenida…

capela da Senhora da Bonança-Fão

do lado esquerdo a entrada para um dos espaços de diversão nocturna mais emblemáticos da península Ibérica e logo a seguir o restaurante Pedrinhas e muitos outros, de onde destaco um dos que primeiro ali terá surgido e mais gente trazia até estas paragens, que é emblemático Bar dos Mudos… o Casal Novo, o Apuliense, o Sereia, a Cabana, o Barco Velho, o Convívio do Mar, o Corta Mar, mais à frente o Camelo e o Paredão e vários outros, todos de primeiríssima qualidade, agora com esplanadas cobertas – na faixa divisória da estrada com o estacionamento, para servir os clientes sedentos do bom vinho verde, que temos no nosso concelho e de bons pratos de peixe e de marisco…

portinho de “Cedovém”

Mas, voltemos à… caminhada… com paragem na praia e portinho de “Cedovém”,

 

 

 

 

onde podemos admirar uma pequena casa branca, pintada com lindíssimos

casa branca com versos

versos e expressões populares alusivas à comunidade piscatória e à propria Vila de Apúlia… daqui seguir para os omnipresentes e opulentos moinhos de vento, já todos restaurados (penso que de propriedade privada) nas dunas, a embelezar a paisagem e a dividir o mar da terra… de onde se avistam as torres da Póvoa de Varzim… Passagem pelo porto de pesca junto ao mercado, por esta hora muito concorrido, com chegada ao largo dos Socorros a Náufragos, do castelinho e de um bonito anfiteatro… tivemos a sorte de chegarmos no preciso momento em que um trator fazia a retirada de um barco de pesca (com boa pescaria, bem à vista) do mar e o transportou para terra. Local escolhido para entramos para a praia, com uma areia fininha a perder-se por entre as rochas – com a baixa-mar, e a convidar aos banhos de sol… o sargaço é pouco, mas há sempre o seu cheiro – que eu tanto adoro…

I.S.N.

a visita ao edifício dos Socorros a Náufragos é obrigatória (e que bonitas exposições aí estão, guardadas por um simpático senhor).
Mas o tempo passa e há que seguir para sul, até à praia da Ramalha, com um extenso areal, a tocar o campo de golfe da Estela… Com a barriga a tilintar são horas de abastecer a máquina e descansar…

 

e seguir à procura das masseiras, onde ainda hoje se cultivam as verduras e as hortaliças e a própria vinha, de uma forma tradicional, aproveitando o relevo e a protecção das dunas, fazendo com que os campos fiquem em forma de

masseiras, protegidos de todos os lados. Constatamos que nesta zona, a sul, este modelo de cultivo tem sido substituído ao longo dos tempos pelas estufas, que agora se vêem em larga escala… passagem pelos estufas das famosas flores de Apúlia – uma das maiores explorações de floricultura do país, mas tivemos azar, porque não se encontrando aí ninguém apenas pudemos “espreitar” de fora… Esqueci-me de ligar produtor, pessoa que conheço muito bem e que estou certo me receberia como tão bem sabe receber… (ele que é o presidente da Associação Nacional de Floricultores).

Igreja Matriz de Apulia
Salão Paroquial de Apulia

Seguir pelo Caminho de Santiago, pela lindíssima Igreja e salão paroquial de Apúlia, com passagem pela avenida da praia (e aqui tenho que referenciar mais dois espaços de restauração de excelência, como é o Forno do Sr. João e o Agostinho) que nos levou pela igreja em forma de barco e o monumento de

O Sargaceiro

homenagem ao Sargaceiro (a parecer-me ali um pouco desprotegido), pelo mercadinho e seguir para norte e virar à direira, junto ao C.S. João Paulo II, para passar em mais uma zona de masseiras e ai ver a mais bonita masseira (penso que ali já será Paredes) onde ainda se usam as tradicionais técnicas e o formato original – acho que este agricultor merece um apoio para manter o cultivo desta propriedade, que pode ser melhor aproveitada para fins turísticos… É linda e vale a pena ser visitada… por escolas e por todos…
Com a hora a passar e os km nas pernas, nada melhor do que voltar à praia, de onde se vê o efeito do avanço do mar, a perigar as construções aí existentes e onde Já havia grande actividade, com muitos jovens na prática de desportos náuticos e, por esta regressar às torres de Ofir e daqui até ao carro… mais de 10 km percorridos e assim se mantém uma “boa” forma física…
E de carro até casa, que se fazia tarde (bem tarde), depois de algumas horas a calcorrear trilhos, caminhos e praias de um concelho lindíssimo, onde a natureza, a toda a hora nos brinda com a sua beleza, as suas paisagens, o seu património e o… sol, sempre acompanhado de uma brisa que nos tempera e revitaliza…
Uma pequena amostra de imagens e pequenos vídeos. Deliciem-se e façam como nós, partam à descoberta… com o bom tempo ainda dá mais gosto…
Sempre na melhor companhia Elsa Gonçalves Fernandes.
A todos, bom fim-de-semana.
Um abraço.
Texto e Fotos do Presidente da União de Freguesias de Palmeira de Faro e Curvos,Mário Fernandes.
Desde já o Nosso Agradecimento

Costa Verde Rádio Portugal